Cenário eleitoral ainda me permite achar que a eleição ao governo
pode ir para o 2º turno
pode ir para o 2º turno
Esse texto foi retirado do site: http://seculodiario.com.br
O êxito do ex-governador Renato Casagrande (PSB) nas pesquisas eleitorais para a disputa ao governo do Estado é graças à recuperação de sua imagem que fez à custa do governo de Paulo Hartung. É algo que dificilmente se consegue, mas ele conseguiu.
É de dar inveja a PH, que passou o tempo todo jogando pedra nele e não acertou nenhuma. Muito pelo contrário, teve de fugir da raia. Imagine PH tendo de botar no seu currículo uma derrota contra Casagrande?
Mas, como PH é um fenômeno político no Estado, ele agora está arrumando uma condição para não sair de cena. Decidiu combater incansavelmente a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), o que não deixa de ser uma saída interessantíssima, já que se trata de uma figura que traz de volta a ameaça dos militares no poder.
Vai dar samba, já que, aqui, Bolsonaro é o deputado federal Carlos Manato (PSL) e o senador Magno Malta (PR), que nunca confrontaram PH. Agora, o governador é uma ameaça para ambos? É um problema grave a ser resolvido.
Ao mesmo tempo, esta situação mostra que PH não tem instrumento de batalha contra Casagrande e já está saindo do foco deste confronto. Bolsonaro não tem nada a ver com o Casagrande.
Aliás, teve um momento em que Casagrande tentou atrair Magno Malta para a sua coligação. Como o PSB não tem candidato à Presidência, decisão da nacional acolheu Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-governador até estava disposto a acomodar Bolsonaro para ter o Magno, mas isso não aconteceu.
Voltando a PH, ele está entrando em um processo de legítima defesa contra Casagrande no governo. Cuida do seu aparelho defensivo e demonstrou isso ao subir no palanque do atual presidente da Assembleia, Erick Musso (PRB), em Aracruz, seu reduto eleitoral.
Fazer uma bancada de deputados estaduais, colocar aliado como conselheiro do Tribunal de Contas, como já fez com o ex-líder do Governo na Assembleia, Rodrigo Coelho, dificultará a Casagrande chegar ao governo em condições de destruí-lo, pois estará bem armado.
Tratando-se do Erick, há uma lembrança nada favorável a ele. Quando foi candidato a prefeito, perdeu a eleição com PH também no seu palanque. Mas o deputado tem circulação entre os colegas de plenário, grande parte posicionada para ser reeleita, e poderá continuar imperando na Casa. Apesar de pesado, tem serviços prestadíssimos ao governo.
Essa mudança de rota na eleição capixaba me permite achar, até com certa convicção, que esta eleição para governador ainda vai para o segundo turno. E aí, é Rose de Freitas (Podemos) com seu bom desempenho de rua e Manato cavalgando na garupa de Magno e Bolsonaro.
Segundo turno é uma nova eleição. Os candidatos proporcionais e os senadores já foram escolhidos, candidatos ao governo já foram excluídos, e os perdedores não costumam votar em quem os fez perder. A história mostra que muitos preferidos no primeiro turno não têm a mesma performance no segundo.
Casagrande precisa ganhar mesmo é no primeiro turno, para não entrar no segundo como o mais votado. A não ser que Rose, conhecida por sempre surpreender, o faça novamente, agora com o povo de PH botando gás nela.
Até lá, muita água ainda há de passar por debaixo da ponte.
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