quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Ex-vice-prefeito de Colatina é preso por desvio e lavagem de dinheiro - GAZETA ONLINE


Segundo a Justiça, também participavam do esquema o filho do ex-prefeito e um ex-gerente do Banestes; prejuízo supera R$ 400 mil

Desvio e lavagem de dinheiro com um prejuízo estimado em mais de R$ 400 mil para financiar campanha para deputado estadual do Espírito Santo. Este é o resumo do que levou o ex-vice-prefeito de Colatina (1997-2000), Sérgio Luiz Tedoldi, a ser detido pela Polícia Federal de Rondônia. A prisão aconteceu na última segunda-feira (11), na cidade de Ariquemes, onde Tedoldi morava havia aproximadamente três anos. O cumprimento do mandado aconteceu no último dia possível. De acordo com a assessoria da PF, este prescreveria nesta terça-feira (12), depois de dez anos em aberto. Ao receber esta informação, as equipes policiais de Rondônia, então, se empenharam em deflagrar a detenção. O político foi considerado culpado por se apropriar do dinheiro e de títulos de outras pessoas para benefício próprio (Artigo 5º da Lei nº 7.492 de 1986). Segundo consta na decisão tomada pelo juiz da 1ª Vara Federal Criminal de Vitória, Daniel de Carvalho Guimarães, a culpabilidade de Sérgio Tedoldi foi alta, pois este angariou recursos financeiros de forma fraudulenta, usando pessoas inocentes que ou confiavam nele ou temiam repressão – já que muitas trabalhavam direta ou indiretamente para ele – para funcionarem como “laranjas” de sua própria campanha. Por meio de coação destas pessoas próximas ou pelo uso de documentos falsos, ele teria aberto contas em banco e obtido créditos de forma ilegal. Ao todo, teria sido desviado um montante superior a R$ 400 mil em empréstimos. Segundo auditoria interna da instituição financeira, Sérgio teria assinado estes contratos na qualidade de garantidor de tais vítimas – o que comprovaria a ciência dele acerca da inidoneidade das ações. O desvio de dinheiro contava também com a participação do então gerente da Agência do Banestes de São Silvano, localizada em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Fazendo uso inapropriado do cargo, Jackson José Kretli foi apontado como o principal articulador do esquema, tendo, ele próprio, se beneficiado de alguns créditos. Como réu, também aparece Syro Tedoldi Netto Segundo, filho de Sérgio. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal. As penas estipuladas pela Justiça Federal foram as seguintes: sete anos e nove meses de prisão em regime fechado e pagamento de 240 dias-multa para Jackson Kretli; e seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto e pagamento de 360 dias-multa para Sérgio e Syro Tedoldi. Cada dia-multa foi estabelecida em R$ 200. A equipe de reportagem Gazeta Online tentou contato com o advogado de Sérgio Tedoldi. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a Justiça Federal do Espírito Santo também foram acionadas para informarem a situação dos outros dois réus. Assim como foi procurado o Banco Banestes. Nenhum, no entanto, havia respondido até o momento de publicação desta matéria.

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