Rose de Freitas é eleita senadora do Espírito Santo

Rose de Freitas (PMDB) foi eleita senadora do Espírito Santo neste domingo (5), com 775.846 votos, o que corresponde a 41,14% dos votos válidos no estado, com 99% dos pontos. O segundo candidato mais votado ao Senado foi Neucimar Fraga (PV), 31,13%, em seguida, João Coser (PT), aparece com 20,17% dos votos.

Durante a votação na manhã deste domingo, Rose de Freitas disse que estava confiante. "O resultado vai mostrar duas coisas: que a verdade prevalece, e que o nosso trabalho sempre é reconhecido", falou após votar.

Histórico
Natural de Caratinga, em Minas Gerais, Rose de Freitas tem 65 anos e, atualmente, cumpre o mandato de Deputada Federal pelo Espírito Santo. A trajetória política começou em 1982, quando foi eleita deputada pelo MDB, hoje PMDB. Em 1986, elegeu-se deputada federal constituinte e participou da elaboração da constituição de 1989.

Campanha
A campanha da candidata foi marcada por embates e trocas de acusações entre a atual deputada federal e os adversários, João Coser, ex-prefeito de Vitória, e Neucimar Fraga, ex-prefeito de Vila Velha. Na Justiça, ela ganhou o direito de esclarecer fatos considerados ofensivos apresentados durante o programa eleitoral gratuito. Em um trecho da propaganda, exibida durante a manhã e a tarde do dia 10 de setembro no rádio, o locutor afirmou que  “essa não é aquela que fala que é municipalista, mas faz tempo que não apresenta um projeto no Congresso? A regra é clara. Se não trabalha não pode nem jogar. Cara de pau, hein”, disse.
Rose de Freitas, explicou as suas propostas para os eleitores. Ela disse que é uma deputada municipalista e defende a distribuição do desenvolvimento para todos. "Encaro a política como uma missão e entendo que com ela construí coisas muito positivas para o estado", disse.

Rose de Freitas atuou por seis mandatos como deputada federal. Ela explicou o que significaria a mudança para o Senado.

"O Senado é realmente uma instituição de poder importantíssima, tanto que representa o equilíbrio da federação, porque coloca todos os estados em condição de igualdade.  Então, essa condição de igualdade talvez seja a mudança sistematizada da política que eu sempre fiz, que foi lutar para representar os interesses dos direitos e das reivindicações do povo do meu estado. Essa mudança só me traz uma coisa a mais. Falar de igual para igual com qualquer estado da federação em favor dos interesses do estado", disse.

No dia 2 de setembro ela respondeu sobre ser a primeira mulher senadora eleita do estado.  "Primeiro, em falar sobre ser a primeira mulher, eu serei a primeira a me candidatar e ser eleita, que pode vir a ganhar a eleição.  Tivemos duas mulheres que foram suplentes, as mulheres sempre são assim, elas são chamadas para fazer papel de suplente de uma chapa, fortalecer aquela aliança. No Brasil, nós tivemos a primeira mulher Presidente da República, mas se fosse pela força interna dos partidos, ela não seria escolhida internamente. Ela foi escolhida pelo ex-presidente Lula. O que representa a nossa luta é que as mulheres possam, com autonomia, e a sociedade, com justeza, colocar as mulheres no campo de atuação que elas merecem. O raio de ação das mulheres na política é muito pequeno ainda", comentou.

Rose de Freitas disse que a representatividade tem que ser igual, legítima e espelhar a sociedade, a composição da sociedade. "Eu já quebrei alguns tabus. Eu fui a primeira mulher eleita a presidir o Congresso e a Câmara. Mas as mulheres têm uma tripla, quadrupla jornada de trabalho e elas têm que fazer todas as coisas bem feitas. Nós temos capacidade de fazer todas as coisas, inclusive uma boa política.